sábado, 18 de julho de 2009

MEMÓRIAS DO TEMPO




MEMÓRIAS DO TEMPO


Do embate entre o artista e a realidade mundana - sua matéria bruta - emerge o sentimento poético que a transforma.
Do caldeirão carnavalesco do Rio de Janeiro surgiu a complexa e dinâmica escola de samba. Representação festiva autoproduzida e consumida, esta criação popular foi apropriada pela indústria cultural de massas, objeto de comercialização sofisticada.
As fotografias de "MEMÓRIAS DO TEMPO" trazem à superfície o eterno retorno carnavalesco, onde uma nova superfície é criada pela ação do tempo e do uso, nos revelando a sua verdadeira profundidade, onde o tempo se encarrega de imprimir registros, reminiscências e memórias da tensão entre a comunicabilidade e o isolamento, entre a identidade e o anonimato em que se sustenta a sólida efemeridade do carnaval.
Ao mesmo tempo, o carnaval é uma espécie de estado alterado da sociedade, é o avesso do mundo da ordem. Ligado visceralmente ao erotismo, é no carnaval onde a realidade está suspensa e as diferenças se perdem. Aqui, o sagrado e o profano se encontram nos revelando duas faces da mesma ritualização cósmica: o exorcismo do fantasma da morte e a celebração erótica da vida.
"MEMÓRIAS DO TEMPO" nos fala sobre a transformação dessa matéria bruta - o carnaval - ainda na sua essência, antes de atingir o nosso imaginário.

Para ver a galeria de imagens, clique abaixo:

MEMÓRIAS DO TEMPO


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http://www.flickr.com/photos/lastpictures/sets/72157619844129497/

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